OFÍCIO do [governador e capitão-general do reino de Angola], Manuel de Almeida e Vasconcelos, ao [secretário de estado da Marinha e Ultramar], Martinho de Melo e Castro, sobre o ocorrido à fragata Luanda, desde que foi armada pelo capitão-de-mar-e-guerra Paulo José da Silva Gama para ir guardar a costa de Benguela e entregue ao capitão-tenente João do Canto de Castro Mascarenhas; referindo os conflitos entre o capitão-tenente e o governador de Benguela [Francisco Paim da Câmara e Ornelas], a recusa do capitão-tenente em transportar sal para o estanque real, as reparações necessárias à fragata, a sua posição e dispersão do comboio que a levou à Bahia, os conflitos entre a guarnição, a falta de rota e diário, a prisão e negligência do capitão-tenente João do Canto de Castro Mascarenhas devido ao desentendimento com o comandante da nau Belém, [José Francisco de] Perné, o mau comportamento e a deserção da guarnição, o ataque mortal do capitão-tenente e comandante da tropa João António Garcês Palha ao tenente do mar Francisco de Paula Rego, as despesas com a reparação da embarcação, a perseguição ao tenente do mar Manuel Caetano Firme, a ida da fragata ao Rio de Janeiro por meter água e a prisão do comandante e da maior parte da gente de mareação da fragata Luanda; remetendo documentos comprovativos dos factos.

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