OFÍCIO do [governador e capitão-general do reino de Angola], Miguel António de Melo, ao [secretário de estado da Marinha e Ultramar], Rodrigo de Sousa Coutinho, sobre o aviso de 6 de Dezembro [de 1797]; enviando amostras das madeiras criadas nas margens do rio Quanza e afirmando serem inferiores em beleza e qualidade às do Brasil, e o seu corte e transporte mais caro, não podendo por isso terem preços vantajosos no comércio de Portugal; referindo que para as cortar e trazer à capital gastara muito em transporte, precisara de enviar carpinteiros [de Luanda] e dos negros sobados que o regente do Icolo e Bengo empregava, não sendo por isso um negócio vantajoso para a Fazenda Real; afirmando que as madeiras das margens do Quanza eram inferiores às do sítio da Mobela, do distrito de Quilengues e de Zenza, mas que o transporte dessas ainda ficava mais dispendioso, e que naquele reino faltavam meios e homens industriosos para tais feitos.

Record not reviewed.