CARTA do [governador e capitão-general do reino de Angola], Miguel António de Melo, à rainha [D. Maria I], respondendo à provisão régia de 10 de Junho [de 1797], que lhe ordenava, tal como antes se ordenara ao governador e capitão-general de Moçambique, Diogo de Sousa, para dar seu parecer acerca do modo que se tinha na cura das tropa de linha, da utilidade de o fazer de outra forma, e das remessas de medicamentos se fazerem apenas na mudança de governadores; explicando que desde 1750 se fizera um contrato com Misericórdia para tratar as tropas no seu hospital, passando por isso a receber mais côngrua que antes, facto que se mantinha; referindo que relativamente aos medicamentos era mais proveitoso Sua Majestade dar à Misericórdia o valor das boticas que eram enviadas com os governadores, em virtude do boticário que as preparava e do médico que as examinava permitirem o envio de remédios velhos, inúteis e sem aplicação neste reino.

Record not reviewed.