OFÍCIO do [governador e capitão-general do reino de Angola], Miguel António de Melo, ao [secretário de estado da Marinha e Ultramar], Rodrigo de Sousa Coutinho, sobre a carta que lhe escreveu o conde de Resende, vice-rei do Brasil [José Luís de Castro] a 2 de Maio sobre o alvará de 20 de Janeiro de 1798 que estabelecia o correio marítimo e a consequente arrecadação dos portes das cartas]; dando conta que duvidara em executar o alvará porque não recebera ordem directa e porque havia muitos inconvenientes em fazê-lo; enumerando várias ordens feitas para o Brasil e nem sempre extensíveis a Angola; considerando que o alvará se destinava exclusivamente ao Brasil, aos Açores e à Madeira e que obrigaria os moradores e negociantes de Angola, que se correspondiam com familiares ou por motivos de negócio, a pagar três portes, gastando mais do que antes, não sendo de prever que um reino que pouca correspondência gerava passasse a produzir mais com maiores custos; pedindo indicações de como deveria proceder.

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