OFÍCIO do governador e capitão-general de Angola, D. Miguel António de Melo, ao [secretário de estado da Marinha e Ultramar] D. Rodrigo de Sousa Coutinho, a acusar a receção do plano adotado por S.A.R., para a organização de um corpo de artilharia na capitania de Pernambuco, no qual ficou refundido o Regimento de Infantaria de Olinda; informa que o plano não é aplicável a esta colónia, porque o estado da povoação e as suas outras circunstâncias físicas e políticas, não o permitem; quanto aos recrutas que de 6 em 6 anos vêm da Madeira, pouco serviço prestam porque o clima lhes é tão nocivo que em pouco tempo morrem ou contraem moléstias que os tornam inválidos; propõe que de 6 em 6 anos passem das ilhas da Madeira e Açores, 100 casais para o Rio Grande de São Pedro do Sul, que necessita muito de povoadores e onde os ilhéus têm provado excelentemente; mais, que nas capitanias de Pernambuco, Baía, Minas Gerais e Rio de Janeiro, se recrutem 200 mulatos, os quais sejam posterirormente conduzidos para Angola; explica as vantagens do seu plano.

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