OFÍCIO do governador e capitão-general de Angola, D. Miguel António de Melo, ao [secretário de estado da Marinha e Ultramar] D. Rodrigo de Sousa Coutinho, sobre o transporte de escravos de Angola para a capitania do Pará; considera que esta capitania só poderá obter abundância de escravos para desenvolver e multiplicar as suas lavouras, se S.A.R. adotar o plano por si remetido anteriormente, ou mandar emprestar aos lavradores do Pará, dinheiro para comprarem os escravos que lá cheguem; desenvolve esta problemática, referindo pagamentos e legislação e apontando que sistema a adotar; faz um grande elogio ao sistema adotado pelos jesuítas, descrevendo-o e dando exemplos tais como, a vastíssima fazenda denominada de Santa Cruz do Rio de Janeiro, e os beneditinos, que imitam os jesuítas na administração dos prédios rústicos que possuem no Brasil, como é notório numa fazenda que possuem na Paraíba do Norte e nos engenhos do Rio de Janeiro.

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