OFÍCIO do governador e capitão-general de Angola, D. Miguel António de Melo, ao [secretário de estado da Marinha e Ultramar] D. Rodrigo de Sousa Coutinho, sobre os procedimentos praticados pelo juiz de fora de Benguela, Alberto António Pereira, que continua a não cumprir as suas obrigações, por incompetência, orgulho, amor às riquezas e desonestidade; informa que se fará manifesto para se lhe tirar a residência, não pelo modo por que semelhantes devassas se costumam tirar, mas sim, segundo o espírito e letra da lei que as instituíu; remete diversa correspondência; pede que S.A.R. determine o que for melhor para os seus vassalos, que são muito prejudicados quando a justiça lhes é administrada por sujeitos como o citado e tanto se afastam das suas regras, umas vezes por falta de letras, outras por soberba e outras por ambição.

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