OFÍCIO do governador e capitão-general de Angola, D. Fernando António de Noronha, ao [secretário de estado da Marinha e Ultramar], Visconde de Anadia [João Rodrigues de Sá e Melo], a remeter a representação de alguns oficiais do Regimento de Infantaria de linha, de Luanda, que estão servindo por comissão e que ainda não obtiveram a real confirmação; dá conta da desordem e confusão que reinavam nas propostas e pede sobre este assunto uma decisão final, relativamente ao modo por que as devia regular; considera justo que do Régio Trono emane a nomeação de todas as pessoas públicas, militares ou civis, porém, certos postos ou empregos não podem deixar de ser providos pelo governador, principalmente em Angola, aonde além do clima pestífero, concorre a grande distância que a separa de Lisboa, podendo considerar-se a este respeito, nas mesmas circunstâncias em que está Goa e regulando-se os negócios dos Estados da Índia diferentemente dos do Brasil, parece que os desta colónia devem também merecer igual atenção.

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