OFÍCIO do governador e capitão-general de Angola, D. Fernando António de Noronha, ao [secretário de estado da Marinha e Ultramar], Visconde de Anadia [João Rodrigues de Sá e Melo], a informar da epidemia de febres que grassa em Angola e a consternação em que se encontra o povo, pois no Hospital da Santa Casa da Misericórdia, onde por contrato se vai curar a tropa de linha desta guarnição, o físico-mor está também gravemente doente; acresce a absoluta falta das drogas mais necessárias, tanto na botica da Santa Casa, como noutra que está estabelecida na cidade baixa; participa que a Santa Casa recebe 4 contos de réis anuais, da Fazenda Real, soma esta, que apenas tem suprido o sustento diário dos doentes militares, que são mais de 200; pede o envio urgente, no primeiro navio que sair para Luanda, ou por algum que saia para o Rio de janeiro, dos remédios constantes da relação inclusa.

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