OFÍCIO do governador e capitão-general de Angola, D. Fernando António de Noronha, ao [secretário de estado da Marinha e Ultramar], Visconde de Anadia [João Rodrigues de Sá e Melo], a informar ter ouvido os prelados das corporações religiosas estabelecidas em Angola, em cumprimento da provisão de 6 de Agosto de 1803; remete as relações e as respostas inclusas dos referidos prelados; aponta como exemplo, o Prior dos Carmelitas Descalços, que possui numerosos bens, como o convento, 500 cabeças de gado, dinheiros a juros nas mãos dos habitantes, escravos que embarcam para o Brasil, etc.; refere que os súbditos enviados para estes conventos, são normalmente os criminosos e incorrigíveis, que em lugar de propagarem a fé, vêm escandalizar com os seus perversos comportamentos; assim sendo, considera que seria mais conveniente extinguir os tais conventos, ficando sómente os que vulgarmente se denominam de Barbadinhos, que são zelosos e exemplares.

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