OFÍCIO do governador de Benguela, António Rebelo de Andrade Vasconcelos e Sousa, ao [secretário de estado da Marinha e Ultramar], Conde das Galveias [D. João de Almeida Melo e Castro], a agradecer os benefícios e as graças que lhe têm sido concedidas; providências a tomar para a segurança da capitania, tais como, o aumento do comércio, o melhoramento da saúde dos habitantes e haver uma polícia para a limpeza pública; necessidade de fazer uma obra, para que os navios possam fazer a sua aguada com toda a comodidade, sem sofrerem prejuízos; esta obra seria por conta da câmara, que no fim se recusou a fazê-la; pedido de licença ao capitão-general, para enviar uma expedição militar protegida por duas peças de artilharia e comandada pelo capitão, Domingos Pereira Diniz, a fim de punir os salteadores das estradas e os Sobas vizinhos; mandou proceder contra o levantado capitão da quadrilha de ladrões, chamado Pascoal da Silva, onde se acoitam os desertores e os malfeitores; com a saída da expedição foi obrigado a chamar para o serviço diário, o Corpo Miliciano e Henriques, mas alguns deram parte de doentes e outros portaram-se mal; assim sendo, quando o general lhe remeteu 30 homens como reforço, dispensou imediatamente as Milícias e os Henriques; participa ser indispensável para a defesa da capitania, de mais duas companhias, sendo uma de artilharia e outra de infantaria e também completar as praças que faltam.

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