OFÍCIO do governador e capitão-general de Angola, José de Oliveira Barbosa, ao [secretário de estado da Marinha e Ultramar], Conde das Galveias [D. João de Almeida Melo e Castro], a considerar que o projeto de estabelecer manadas no sertão e particularmente no Presídio de Caconda, pode oferecer grandes vantagens ao comércio do interior, mas contudo, existem inconvenientes que obstam à sua execução, a saber: no distrito deste presídio existem muito boas pastagens tendentes à criação do gado, mas apresentam-se dois obstáculos a vencer, primeiro afugentar as feras, sobretudo os leões, o que obrigará a uma incessante vigilância, o segundo e o mais insuperável consiste na oposição dos pretos do sertão, por diversas razões que explicita; informa da pretensão do comandante do projeto, em ser provido em capitão-mor; considera que ao capitão-mor, Alexandre José Coelho de Sousa e Meneses, é justo removê-lo do atual emprego, porque passando de alferes a capitão-mor e tendo-se conservado neste exercício 9 anos, quando este cargo é trienal, já foi muito bem remunerado com a patente de de capitão agregado à companhia de infantaria, de Benguela, pertencendo-lhe entrar no posto de tenente que por escala lhe competeria, acrescendo que também lhe foi atribuída a mercê do Hábito da Ordem de Cristo.

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