OFÍCIO do governador e capitão-general de Angola, José de Oliveira Barbosa, ao [secretário de estado da Marinha e Ultramar, Conde da Barca], António de Araújo de Azevedo, a informar da chegada da fragata inglesa "Creoly", comandada por M.e Kenrie, tendo vindo a terra um oficial comunicando que a fragata veio a este porto para fazer aguada e comprar alguns mantimentos e víveres, de que precisava; no dia seguinte ordenou ao ouvidor que em companhia do coronel do regimento e mais oficiais, passassem a bordo da fragata, para examinar se ela era realmente um vaso de guerra inglês e do verdadeiro motivo da sua entrada no porto, o que foi recusado pelo comandante, declarando o que consta do Auto de Diligência anexo; foi-lhe facilitado todo o socorro necessário por via do capitão-mor, Manuel Gomes de Araújo, negociante desta praça, que concorreu com o dinheiro preciso para as suas despesas, passando-lhe Letra, a fim de ser paga na Côrte pelo Cônsul da Nação Inglesa; depois de 9 dias, fez-se à vela, sem exigir permissão de sair do porto, tendo ordenado ao coronel comandante da fortaleza do Penedo, ao alcance de cuja artilharia ela estava fundeada, que não se opusesse à sua saída, para evitar contestações e procedimentos de mais sérias consequências.

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