OFÍCIO do governador e capitão-general de Angola, Luís da Mota Feio [e Torres], ao [secretário de estado da Marinha e Ultramar], Conde da Barca [António de Araújo de Azevedo], a acusar a receção do aviso real de 27 de Fevereiro, a determinar-lhe que mande examinar as ruínas da Sé Catedral e informe com o seu parecer; informa que encarregou este exame ao ajudante das Obras Reais, levando consigo como adjuntos os oficiais mais hábeis; pelo exame verifica-se a grande de ruína do edifício, sendo precisos para a sua reedificação, com as casas exteriores, 17 contos de réis, e só da Sé, 10 contos e 650 mil réis, constatando que a despesa quando terminadas as obras, são sempre maiores que as previstas; considera que a obra é muito maior do que pensam os mestres e que a despesa será de 40 contos de réis ou mais, e serão precisas grandes remessas de "Tábuas" do Brasil; no caso de S.M. determinar a mudança da Sé para outro templo, existe no largo do palácio a igreja de São João, que foi edificada pela "Irmandade dos homens do mar em fora" e é um edifício novo, estando fechada há muitos anos e abandonada; participa que é desnecessária a despesa para a conclusão das casas para habitação do Bispo, pois ele tem a sua residência junto ao palácio do governo, cuja casas se reedificaram por conta da Fazenda Real, no ano passado.

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