OFÍCIO do governador e capitão-general de Angola, Manuel Vieira de Albuquerque e Tovar, ao [secretário de estado da Marinha e Ultramar], Conde dos Arcos [D. Marcos de Noronha e Brito], a remeter a Devassa formada contra o ex-governador de Benguela, Manuel de Melo de Abreu e Alvim; participa que as informações que lhe chegaram de Benguela não são favoráveis ao procedimento do atual governador, tanto em mandar prender o seu antecessor sem ter ordem para o fazer, como a maneira como o fez, não se lembrando das honras e privilégios que S.M. concede aos governadores que acabam o seu governo e promovendo uma grande desordem, quando o mandou prender e autuar pelo escrivão e meirinho, enviando-o logo para bordo de uma embarcação, a fim de ser remetido para Luanda, o que podia trazer consequências graves, principalmente numa colónia só povoada por criminosos e facínoras.

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