OFÍCIO do governador de Benguela, João António Pusich, ao governador e capitão-general de Angola, Cristovão Avelino Dias, a informar que tendo procedido a um exame acerca da conduta política da Junta Provisória do Governo de Angola, não encontrou ato público algum, pelo qual descobrisse que desta província se tivessem mandado procuradores ao Rio de Janeiro, para tratar de objetos legislativos, que pela Constituição Política da Monarquia Portuguesa são só da competência das Côrtes de Portugal; também não descobriu documento algum, pelo qual possa oficialmente afirmar que esta Junta prestou obediência ao Príncipe Real do Brasil; para que se conheçam os fundamentos do seu juízo, descreve em 6 capítulos a situação; refere a existência de um grande partido brasileiro; informa que tem mais receio de um ataque vindo do Brasil do que do interior de Benguela; espera que com a justiça constitucional numa mão e a espada noutra, todos gritarão de bom ânimo, que desejam viver unidos a Portugal.

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