OFÍCIO do Bispo de Angola, Frei João [Damasceno da SilvaPóvoas], ao [secretário de estado da Marinha e Ultramar], Conde de Subserra [Manuel Inácio Martins Pamplona Corte Real], a acusar a receção de 2 ofícios com as Proclamações, Decretos e Leis, que tiveram lugar até 12 de Julho; queixa-se da gente grosseira e imoral de Angola e que o obrigaram a ser Presidente da Junta Provisória; descreve o seu percurso; informa que o Brasil pela sua contínua comunicação com Luanda e Benguela, não cessa de ter aqui comissários a minar a união com Portugal; informa que tendo-se oposto e resistido à situação, foi alvo de muitas cartas escritas a caluniá-lo e teve conhecimento que o seu retrato deixado no convento do Rio de Janeiro, tinha sido rasgado, despedaçado, queimado e lançadas as cinzas ao mar; atendendo a 5 anos em Angola, ao clima maléfico, às enfermidades, trabalhos e insultos que tem sofrido para manter a sua fidelidade e gratidão, pede pela 10ª vez a sua transferência para algum dos bispados vagos em Portugal ou outro qualquer emprego que for do agrado de S.M.

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