OFÍCIO do governador e capitão-general de Angola, tenente coronel, Cristovão Avelino Dias, ao [secretário de estado da Marinha e Ultramar, Conde de Subserra, Manuel Inácio Martins Pamplona Corte Real], a informar que devido ao falecimento do capitão engenheiro e governador de Benguela, João António Pusich, enviou para governar interinamente a capitania, o tenente coronel de infantaria, Joaquim José Cardoso; sobre os factos que deram motivo à prisão do dito governador, recebeu os ofícios do atual governador interino, incluindo uma representação da Câmara, documentos que remete; atendendo a que S.M. tinha despachado um ouvidor para Angola, deve-se-lhe ordenar, que quando aportar a Benguela, tome conhecimento dos factos apontados na representação da Câmara e devasse sobre a sublevação da tropa, instigada por alguns moradores da cidade para perpretarem aquele atentado; informa que em Angola existe um único ministro letrado, que é o atual juiz de fora, António José de Mesquita, o qual serve os lugares de Ouvidor, Juiz da Alfândega, Deputado da Junta da Fazenda Real, Membro da Junta Criminal, Juiz Relator da Junta do Desembargo do Paço e Auditor da Tropa, assim, este único ministro não pode ser enviado a Benguela, sem que o serviço público e a pronta administração da justiça, padeçam gravemente.

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