OFÍCIO do governador e capitão-general de Angola, Nicolau de Abreu Castelo Branco, ao [secretário de estado da Marinha e Ultramar], Joaquim José Monteiro Torres, sobre: a importância do porto de Ambriz para o comércio de escravatura; comércio estrangeiro nos portos da costa e providências tomadas pelos reis antepassados; modificações decorrentes da situação política no Brasil; aponta 3 objetos a considerar, nas medidas a tomar para impedir o comércio ilícito, a saber: 1) comprometimento com as nações inglesa e francesa, apossando-nos deste país, ao que estas nações se opuseram, segundo se verificou com a demolição do forte ali construído, 2) a natural reação do Brasil, quando for obrigado a pagar direitos e a proibição da compra do marfim e 3) a oposição dos indígenas, que tentarão impedir o nosso estabelecimento; considera que a segurança de Ambriz e a de facilitar a comunicação entre Novo Redondo e Luanda, através dos povos "Quissamas", são os pontos essenciais para se darem maior consistência e importância a Angola; certifica que as numerosas e diárias representações que recebia, contra as violências, desordens e os roubos dos particulares e dos empregados, tornaram-se raras.

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