OFÍCIO do governador e capitão-general de Angola, Nicolau de Abreu Castelo Branco, ao [secretário de estado da Marinha e Ultramar], Joaquim José Monteiro Torres, sobre um requerimento dos proprietários da casa comercial de João Paulo Cordeiro & Compª; informa que o corte das madeiras de Tacula em Angola envolve grandes dificuldades, porque o seu transporte para a margem do rio Quanza, no qual deve embarcar, tendo de ser feito a braços por lugares pantanosos e de difícil trânsito, necessitando de grande número de homens, contudo a permissão que pedem os requerentes de poder fazer cortes por sua conta, tem origem na falta de conhecimento das circunstâncias do país; considera a sua pretensão atendível, merecendo a recomendação do ministro aos governadores de Angola, para que sejam atendidos razoavelmente na ocasião das vendas daquela madeira, sem que isto possa considerar-se um privilégio exclusivo de exportação.

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