OFÍCIO do governador e capitão-general de Angola, Nicolau de Abreu Castelo Branco, ao [secretário de estado da Marinha e Ultramar], António Manuel de Noronha, sobre um requerimento do capitão adido ao Real Corpo de Engenheiros, Henrique Martins Pereira; informa que o suplicante foi nomeado para servir em Angola, na mesma ocasião do Batalhão Expedicionário e que pelas ordens recebidas do governo de D. João VI, foram mandadas cumprir as condições da Carta de Lei de 29 de Maio de 1822; participa que o suplicante deve-se classificar na classe dos oficiais destacados; este oficial tem-se tornado digno de consideração, pela inteligência e dignidade com que tem prestado os seus serviços, está casado e a sua mulher foi enviada para Lisboa, a fim de concluir a sua educação; informa do falecimento do tenente coronel do Real Corpo e Engenheiros, Rafael Fortunato dos Reis, o que torna muito inconveniente ao serviço a retirada do suplicante, sem que haja outro que o substitua, porque são contínuas as necessidades de um oficial científico em Luanda, acrescentando que o encarregou da direção do pequeno Trem, por onde se fazem as obras para o serviço do Estado e por onde correm os fornecimentos à tropa.

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