OFÍCIO do governador e capitão-general de Angola, Nicolau de Abreu Castelo Branco, ao [secretário de estado da Marinha e Ultramar], Inácio da Costa Quintela, a informar que vai cumprir a ordem da entrega da administração do convento de São José, ao prelado que for nomeado pelo governo da Ordem da Penitência; o padre requerente aponta a circunstância de ter sido entregue a dita administração a um degredado; explica os motivos da sua decisão, informando que após ter falecido o único padre que habitava o convento, que estava em ruínas, o qual tinha delapidado tudo e vendido sem a competente autorização, uma fazenda próxima ao convento, por 1 conto de réis, de que remeteu parte ao seu prelado e que deveria ter entrado no Tesouro Público, por ser o convento de Fundação Real; ordenou por portaria ao juiz de fora de Luanda, que fosse inventariar toda a mobília e dinheiro restantes e que fosse nomeado um depositário dos bens e rendas do convento, o qual por sua proposta à Junta da Fazenda Real, foi entregue a um negociante de probidade; para habitar a casa, dirigir as obras e reger os escravos, nomeou-se um administrador, estipulando-se para isso 500 réis diários; informa que a Junta da Fazenda Real, tem verificado as contas ao administrador e ao depositário e que o convento foi todo reparado, assim como a igreja; participa que iguais medidas foram tomadas a respeito do convento dos Capuchinhos Italianos.

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