OFÍCIO do governador e capitão-general de Angola, Nicolau de Abreu Castelo Branco, ao [secretário de estado da Marinha e Ultramar], António Manuel de Noronha, a informar que quando partiu do porto a charrua "Galathea", o seu comandante, o capitão tenente, Rodrigo José da Cunha, comunicou-lhe que ficara em terra o padre capelão, Frei José de Nossa Senhora e 2 marinheiros; as razões apresentadas pela sua demora eram todas inacreditáveis, as quais demonstravam a sua desobediência e recusa de estar a bordo; participa que o conservou na prisão, apesar das suas queixas e protestos, porque se persuadiu que esta medida era a bem da disciplina e da decência, que ele por todas as formas atropelava; igualmente remete um dos marinheiros, tendo-se evadido o outro numa embarcação para o Brasil, os quais foram iludidos pelo padre e maliciosamente demorados, fingindo qua a demora fora involuntária.

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