OFÍCIO do governador e capitão-general de Angola, Nicolau de Abreu Castelo Branco, ao secretário de estado da Marinha e Ultramar [José António de Oliveira Leite de Barros], a informar que o seu governo já vai em cerca de 5 anos e tendo a sua saúde arruinada, devido à insalubridade do país, pede que se nomeie um sucessor; dá conta das diversas dificuldades que teve ao longo do seu governo, apontando uma das últimas implicâncias, que é a atuação do ambicioso cônsul do Império do Brasil, com exorbitantes pretensões e que tenta comprometê-lo, mediando a intervenção do imperador do Brasil; participa que encarregou o seu irmão, o desembargador, João Maria de Abreu, de pedir a sua demissão do posto de coronel de cavalaria, por ter sido preterido por um coronel mais moderno, sem mérito nem serviços, de nome Bento de França Pinto de Oliveira; por fim, oferece-se para continuar a servir como for do agrado de S.A.R. e a bem do Reino de Portugal.

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