OFÍCIO do governador de Benguela, Joaquim Aurélio de Oliveira, ao secretário de estado da Marinha e Ultramar, José António de Oliveira Leite de Barros, a informar que se vai regular pelas instruções dadas ao governador, Joaquim Bento, em 22 de Fevereiro de 1824, na resposta que vai dar ao ofício de 8 de Janeiro, que acompanhava as instruções, a saber: conhecimento exato dos territórios do sul da capitania até Cabo Negro, seus habitantes, produções, usos, costumes, rios e riachos; os gentios que vivem a Sul do rio Cobal, até Cabo Negro, são selvagens e nómadas e vivem da pastorícia; sugere a criação de um presídio em Cabo Negro; participa que o gentio desta região, não consente a exploração dos minerais, que abundam na província do Bihé; informa que sem uma força militar no interior, nada se pode conseguir, porque o gentio é decidido e conhece bem as nossas reduzidas forças, só se cultivando o algodão, o anil e o café, a que se vai lançando mão; S.M. ordena a entrada no interior até à separação da contra costa, donde vêm escravos para vender na cidade, indo os negros chamados "Pombeiros", para lá com fazendas, negociar com os gentios da Costa Oriental de África.

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