OFÍCIO do governador e capitão-general de Angola, Nicolau de Abreu Castelo Branco, ao secretário de estado da Marinha e Ultramar, José António de Oliveira Leite de Barros, a acusar a receção do ofício nº 32 de 25 de Agosto de 1827, pelo qual S.A.R. lhe ordenou que examinasse donde procede o engano encontrado no marfim remetido de Benguela, na charrua "Galathéa", comandada pelo capitão tenente, Rodrigo José da Cunha, tendo entregue 900 pontas com o peso de 22 mil e 875 arráteis, quando as faturas e os ofícios da Junta da Fazenda, acusaram a remessa de 911 pontas, verificando-se a falta de 11 pontas e de 1 arrátel no peso, determinando-lhe também, que preencha a dita falta na primeira ocasião; pormenoriza as contas, atribuindo um qualquer engano que não se pode descobrir; considerando verídica a diferença declarada de 11 pontas e de um arrátel no peso, não se pode encontrar outra origem, senão presumindo que o astuto roubo foi feito pelos encarregados de bordo; informa que na realidade, o único responsável por quaisquer diferenças em tais casos, é o encarregado que assina os conhecimentos, no ato em que recebe e vê pesar o género que conduz, cessando desde aquele momento, a responsabilidade de quem o entrega.

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