OFÍCIO do governador e capitão-general de Angola, Barão de Santa Comba Dão [José Maria de Sousa Macedo Almeida e Vasconcelos], ao [ministro Assistente ao Despacho], Duque do Cadaval [Nuno Caetano Álvares Pereira de Melo], a informar que existem em abundância minerais em Angola, mas a falta de pessoas que tenham conhecimentos teóricos e práticos desta ciência e que com exatidão os examinem, resulta que a certeza da sua existência, qualidade e quantidade, tenha sido para uns governadores clara, para outros duvidosa e outros que negarem a sua existência; pede o envio de um professor metalúrgico; participa da existência de minas de ferro nas vizinhanças de Golungo, que são abundantíssimas, mas que as imensas despesas feitas na fábrica de Nova Oeiras, nada concorreram para os interesses da Fazenda Real, estando o edifício e as máquinas destruídos, o açude e o canal por onde passava a água para a fábrica, demolidos, e por isso foi feito de novo um "cuberto" em "Trombeta", onde os pretos por métodos primários, os quais descreve, conseguem extrair o ferro; informa da existência de minas de enxofre em Benguela, que estão inativas, tencionando dar-lhes uma administração mais económica; acerca do cobre, da prata e do ouro, não se conhece a sua quantidade e qualidade, principalmente nos países avassalados.

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