OFÍCIO do [major general interino da Armada Real], Carlos May, ao [ministro Assistente ao Despacho], Duque do Cadaval [Nuno Caetano Álvares Pereira de Melo], sobre uma representação do governador de Angola, remetendo a conta da madeira que veio a bordo da charrua "Príncipe Real", e que está avaliada, segundo peritos em Angola, em 954$000 réis, declarando que sai mais barata à Fazenda Real, toda a despesa da 10ª parte do valor e que talvez fosse melhor pagar frete aos mercantes, sendo transportada nos navios do comércio, que viajando para o Rio, com escala por Cabo Verde, carregar sal, lhe fosse vantajoso carregarem madeiras para Lisboa, e de que resultaria vantagem de direitos; quanto à madeira, ela é de boa de qualidade e aplicável em diversas obras, sendo desejável que tivesse maiores dimensões; informa que o seu valor em Lisboa é de 928$600 réis, segundo a conta assinada pelo construtor que a mandou medir e cubicar; faz uma longa exposição, demonstrando as razões porque não concorda com o transporte da madeira em navios mercantes, mas sim nos navios da Coroa.

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