OFÍCIO do físico-mor de Angola, José Gonçalves Junqueira, ao ministro assistente ao Despacho, Duque do Cadaval [Nuno Caetano Álvares Pereira de Melo], a queixar-se que não tem exercido a jurisdição de Físico-mor do Reino, por tal não ser considerado, tanto pelo Ouvidor Geral, como pelo governador e capitão-general; discorre sobre as funções e jurisdição do seu cargo, especificando sobre o seu despacho ser uma designação particular e um título honroso e não uma mercê que lhe confira jurisdição; informa que veio do Rio de Janeiro, um italiano de nome, Ulbestali, que requereu exercer a sua faculdade médica como formado na Universidade de Bolonha, tendo o governador deferido a seu favor, ordenando-lhe que passasse a conferenciar com o cirurgião-mor de Angola; informa que a Lei expressa no regulamento de Físico-mor do Reino, diz que os cirurgiões e médicos estrangeiros, não são admitidos sem preceder um exame; pede para lhe serem definidas as suas funções como físico-mor de Angola.

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