OFÍCIO do governador de São Tomé e Príncipe, Luís Joaquim Lisboa, ao [secretário de estado da Marinha e Ultramar, visconde de Anadia, D. João Rodrigues de Sá e Melo] a informar que o Procurador da Fazenda lhe fez uma representação, alegando que o Hospício de Santo António dos Capuchinhos Italianos, que pertence ao Padroado Real, se encontra arruinado, e que se poderia consertar com o recurso a algumas somas depositadas e às esmolas que dessem os moradores da cidade; depois de ter ordenado vistorias ao edifício, conclui-se que o conserto imediato, importará em 10 ou 11 mil cruzados, e porque não pode fazer tal despesa, fez com que o provedor interino da Fazenda Real, expedisse uma portaria, a dar as necessárias providências para o conserto, aplicando as verbas anteriormente referidas; deve-se atribuir a ruína do Hospício ao seu Prefeito, Frei Pedro de Pezaro, que no decurso dos 10 anos em que lá viveu, não fez a mais pequena benfeitoria.