OFÍCIO do governador de São Tomé e Príncipe, Luís Joaquim Lisboa, ao [secretário de estado da Marinha e Ultramar] conde das Galveias [D. João de Almeida Melo e Castro] a acusar a receção do Real Aviso de 29 de Junho, acompanhando a cópia do ofício que dirigiu ao conde de Linhares, a respeito da apreensão de um bergantim da Bahia, feita pelo gentio do Cabo de Lopo, e determinando-lhe que dê as providências que julgar mais acertadas; informa que esta embarcação foi vendida pelo Gula, régulo do continente, a José Ferreira Gomes, morador na ilha do Príncipe, ignorando por quanto e qual o destino da tripulação; desconfia-se que o régulo Gula, foi quem a apreendeu, matando toda a equipagem; informa da chegada de uma procuração da companhia de seguradores da Bahia, a qual manda tomar conta do navio, que dizem se chamava Lindeza; acusa a receção de outro Real Aviso, determinando-lhe que dê ordens para a ilha do Príncipe, a fim de se intimar o dito José Ferreira Gomes, para ir à cidade da Bahia tratar do assunto; pede que sejam expedidas ordens, relativas às guarnições e ao armamento de todas as embarcações que seguirem viagem para os portos de Cabo de Lopo, Gabão, Benga, Bembe, Camarões, Velho Calabar, Bony, Novo Calabar, Oere e Benim, que são habitados por gentio bravo que as atacam.