OFÍCIO do governador de São Tomé e Príncipe, Luís Joaquim Lisboa, ao [secretário de estado da Marinha e Ultramar] conde das Galveias [D. João de Almeida Melo e Castro] a acusar a receção do aviso real de 27 de Março de 1811, acompanhando a carta régia da mesma data, a qual determina que o ouvidor José Joaquim de Oliveira Cardoso, tome conhecimento dos motins ou calúnias, dos soldados da fortaleza da Ponta da Mina, da ilha do Príncipe; participa que o ouvidor faleceu e não pode ter lugar esta indagação; informa que o chefe do motim foi o padre João Dias da Conceição, que induziu o cabo de esquadra Pascoal Raposo, os soldados, Paulo de Sousa, Pedro Vaz Maciel e Delfino Gomes, e o resto da companhia, para não trabalharem; assim que o padre foi embora, tudo ficou tranquilo; sugere para acabar de vez com alguma inquietação, que sejam transferidos para São Tomé os ditos cabo de esquadra e os soldados, que precisam de ser castigados; alerta para que um regresso do dito padre à ilha, provocará nova desordens.