OFÍCIO do governador de São Tomé e Príncipe, Luís Joaquim Lisboa, ao [secretário de estado da Marinha e Ultramar] conde das Galveias [D. João de Almeida Melo e Castro] a participar que o comandante da fragata de guerra inglesa denominada Favorita, João Maxwel, no porto do Rio do Velho Calabar, tomou uma escuna portuguesa pertencente a Antonio Henriques Nogueira, habitante desta ilha; outra escuna de menor lote, vinda do porto de Onim, com carga de panos, foi abordada pelos oficiais e marinheiros da fragata, e não encontrando cativos, praticaram ainda maior barbaridade, que resultou no corte das amarras, e como a escuna não tivesse outro ferro, encalhou na praia do Negro, onde foi roubada de tudo; o comandante da fragata continuou no seu corso e apresou outra escuna portuguesa O Senhor dos Martírios, pertencente a Manuel António da Costa, morador em São Tomé, com 45 escravos; continua a descrever episódios da atuação da fragata e do seu comandante, que acabou por ser assistido pelos portugueses, onde se mostra a diferença de comportamento relativo à nação inglesa.