OFÍCIO do governador de São Tomé e Príncipe, Luís Joaquim Lisboa, ao [secretário de estado da marinha e Ultramar] conde da Barca [António de Araújo de Azevedo] a participar que em resultado da falta de embarcações que naveguem por estas paragens, faz expedir a escuna Real Artilheira à Corte, a fim de entregar ofícios; informa das enormes despesas feitas com a reedificação das fortalezas, dos quartéis, das igrejas do Padroado Real, juntando-se a compra de pólvora, ferro e reparos de artilharia; refere o baixo rendimento das ilhas, devido à falta de circulação do negócio, ao ponto de as alfândegas estarem fechadas a maior parte do tempo; também concorre para a situação, a falta de chuvas, que resulta em escassez de víveres e produções e cujos preços aumentaram 4 vezes, tendo como exemplo, bananas, pólvora e ferro; pede ajuda, sendo indispensável a continuação da remessa de dinheiro para pagamento dos filhos da folha e para a compra dos efeitos que se gastam continuamente nas fortalezas.