OFÍCIO do governador de São Tomé e Príncipe, João Baptista e Silva Lagos, ao [secretário de estado da Marinha e Ultramar] conde dos Arcos [D. Marcos de Noronha e Brito] a informar que na costa de África, à distância de 20 léguas, num sítio denominado Benga, os seus habitantes não praticam comércio algum, mas roubam todas as embarcações mal guarnecidas, utilizando canoas cheias de gente e matando as tripulações; participa que os pretos Bengas, tomaram duas embarcações da ilha do Príncipe e posteriormente um brigue inglês, o qual fugiu depois de um brigue francês ter aberto fogo sobre os mesmos; considera que a escuna Artilheira, que faz a ligação entre as ilhas e transporta o dinheiro desde a Bahia, para pagar aos Filhos da Folha da colónia, deve ser guarnecida com 6 peças de calibre 3 ou obuses e outro armamento; dá conta da passagem pela costa, de um brigue pirata.