REPRESENTAÇÃO do senado da câmara, nobreza, clero e povo da cidade e ilha de São Tomé, ao rei [D. João VI] sobre: regozijam-se pela nomeação de um novo governador geral, no entanto quando souberam que iria ser novamente, João Baptista e Silva de Lagos, ficaram desanimados e manifestam o seu profundo desgosto, pois este oficial está sequioso de vingança dos habitantes das ilhas; anteriormente, o Conselho da Fazenda em Lisboa, condenou-o a um ano de prisão no Limoeiro, 200 mil réis de pena pecuniária e a pagar todas as despesas, perdas e danos que tinha causado ao ex-capitão-mor desta ilha, João Ferreira Guimarães; assim que tomou posse, começou a praticar as anteriores violências, as quais descreve algumas; os infelizes habitantes das ilhas novamente flagelados, viram-se obrigados a fretar uma embarcação à sua custa, para mais rápido serem as suas súplicas atendidas por S.A.R.; pedem o envio de um ministro letrado ou outro governador desinteressado, para sindicar e julgar todos os atos do dito governador; juram pelos Santos Evangelhos da veracidade da sua representação.