CARTA do governador e capitão-general de Angola, Paulo Caetano de Albuquerque, ao rei [D. João V] respondendo à provisão de 18 de Maio de 1729, relativa à carta dos oficiais do Senado da câmara, de 17 de Abril de 1728, sobre o prejuízo dos moradores e do povo com a demora dos navios vindos de Portugal e do Brasil, no presídio de Benguela, a fazer armações, onde os escravos ladinos pombeiros vendiam as presas que resgatavam nos sertões com as fazendas dos seus senhores, não dando conta disso aos mesmos e destruindo o seu negócio; alertando que não haveria dinheiro para a ajuda do dote de D. Catarina, rainha da Grã-Bretanha, se ali não fosse pago o imposto sobre cada escravo, como fizera o capitão José de Torres; acusando perplexidade porque as ordens do Conselho Ultramarino lhe ordenavam que os navios que fossem comerciar a Benguela passassem em Luanda, mas o de Vasco Lourenço [Veloso] estava em Benguela a carregar escravos e tinha ordens para seguir em direitura à Bahia.